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Arquitetos: SAOTA
- Área: 3827 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Adam Letch
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Fabricantes: AAV Contractors, Art Kern, Boffi, Cerutti Toitures, Gyger, Lardi, Xyloforme
Descrição enviada pela equipe de projeto. Assim como seu cenário alpino foi formado por muitas forças ao longo do tempo, o Villa Courbe é uma residência modelada intuitivamente e aliterativamente por muitas mãos - do sol e da topografia aos regulamentos de zoneamento locais. Vista da água, a casa parece quase com uma das colinas arborizadas que se erguem suavemente para fora do lago e, ao mesmo tempo, sua arquitetura é muito diferente das edificações tradicionais que a rodeiam. A necessidade de responder à topografia que veio antes leva o projeto a contrastar com as casas vizinhas que apareceram somente depois que as geleiras e o gelo haviam feito seu trabalho.
Entrando na propriedade pela rua, o projeto negocia a encosta do lago em uma série de “fatias” de largura total que contornam o local em forma de cunha. A primeira delas é um espaço de galeria e cria um limiar para as partes mais particulares da casa. Respondendo a um requisito crítico dos clientes, os hóspedes podem circular verticalmente até um espaço de arte no porão iluminado que se abre para uma área de entretenimento. Separadas funcionalmente na “fatia” mais próxima do lago, as principais salas de estar ficam no piso térreo - uma sequência de salas de jantar, cozinha e família fica abrigada sob um andar superior, onde os quartos são cortados, enquanto uma sala de pé-direito duplo se aproxima do lago criando abrigo contra o vento frio do norte.
A entrada é em um nível médio abaixo de um dossel suspenso que divide ainda mais as fatias em duas asas e, ao fazer isso, abre uma vista do lago para as montanhas além. Descendo entre essas asas, um telhado verde escultural ecoa uma dobra no horizonte e responde às prescrições do esquema de zoneamento local. Tão fundamental quanto os picos agudos e as colinas suaves que caracterizam as vistas, a luz solar, esse bem precioso, é a outra mão orientadora que molda os espaços e esculpe as formas. O local responde à sua orientação noroeste, e foram feitos todos os esforços para trazer a luz sul para dentro da casa. Esculpir o programa em “fatias” paralelas expõe duas elevações ao sul. A primeira delas - na entrada - é em grande parte fechada com revestimento de zinco para proporcionar privacidade, mas as janelas altas conduzem a luz amiga da arte para dentro da galeria do porão.
A fissura entre as fatias cria um pátio generoso e privativo voltado para o sul, no centro do projeto, e, por sua vez, ganha-se um poço de luz saindo do porão abaixo. O teto é perfurado com clarabóias estrategicamente posicionadas, enquanto o impacto do sol do verão é moderado por uma tela de sombreamento de alumínio cortada a laser que segue as curvas do telhado e da planta, fornecendo um dado para o tratamento de vidros e janelas. A piscina também é usada como uma espécie de caixa de luz com uma parede de vidro refletindo a luz no porão. O resultado é uma série de espaços luminosos caracterizados por diferentes tipos de luz - desde uma iluminação suave e amigável para a arte que se estende na galeria do porão até a generosa iluminação natural que absorve os principais espaços de convivência.
Os materiais foram escolhidos para responder a esses espaços luminosos. Revestida de zinco por fora, a entrada parece robusta e opaca; enquanto dentro da luz profunda, as áreas do porão são revestidas com paredes e tetos brancos. Nos principais espaços de estar, ricos tetos de madeira e paredes de pedra natural se combinam para adicionar calor e textura. Mármore preto brilha com veias brancas e calcário em camadas de faixas horizontais, ecoam como os picos cobertos de neve e as rochas sedimentares, enquanto a porta da frente e os portões se abrem em elementos de cobre semelhantes a um relógio de James Bond. O concreto também é usado de várias maneiras - desde painéis pesados formados por tábuas no hall de entrada, até a curva monolítica da cabana da piscina, passando pelas paredes em forma de cortina da piscina do porão e spa, que foram fundidas usando um molde elástico. Vidros triplos (alguns dos quais curvos), aquecimento solar de água, bombas de calor geotérmicas e um telhado isolado combinam discretamente para elevar o desempenho da casa a um nível adequado ao seu ambiente.
Projetado pela SAOTA e construído por uma equipe dedicada, incluindo a SRA - Kössler & Morel Architects como arquitetos, Thierry Lemaire como arquitetos de interiores, engenheiros civis da T. Ingénierie, E.G.C. Chuard Ingénieurs Conseils SA como encarregados das instalações hidráulicas e elétricas, BIFF SA Engenheiros consultores de fachadas e Martin Paysage responsável pelo paisagismo, a casa se mistura e se destaca em homenagem ao seu cenário espetacular à beira do lago e às muitas mãos que o fizeram.
